segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Contracultura - Moda, música e comportamento

Hair, um musical da Broadway lançado em 67, demonstrava em seu caráter a contracultura do pacifismo e da contestação.
Regido pelas frases de efeito “Paz e amor” e “Faça amor, não faça a guerra”, e veiculado pelo movimento hippie, mostra a face de uma época consolidada como “o poder da flor”.
Fora “governado” por jovens revolucionários que resistiram à ditadura e lutaram para a democratização e a quebra de paradigmas.
Como desejo de libertação, mulheres queimaram seus sutiãs em praça pública.
O universo hippie foi marcado intensamente pelo uso de roupas psicodélicas, estampas florais e calças boca de sino remetendo à descontração, mas também à liberdade de expressão.
A maquiagem composta por olhos marcados, fazia contraste com boca clarinha. Perucas eram o auge da moda, produzidas em diversas tonalidades e cores vibrantes.
Os representantes do movimento são: Jimi Hendrix, Raul Seixas e os Mutantes.














Os anos 60 chegam ao fim com o “Woodstock Music & Art Fair” um festival de rock que reuniu 500 mil pessoas para presenciar astros como The Who, Santana, Joe Cocker e Jimi Hendrix (o maior guitarrista de todos os tempos).


Neste mesmo ano, os Rolling Stones organizaram o Altamont Festival com a participação de Santana e Grateful Dead.
Pela infelicidade dos Stones, a segurança do show fora entregue à gangue violenta de motoqueiros Hell's Angels (Anjos do Inferno). Um desentendimento acarretou a quatro mortes.
Segundo John Lennon, em 1970, para a revista Rolling Stone: The dream is over (O sonho acabou).


No Brasil, a banda “Os Mutantes”, formado por Rita Lee e os irmãos Arnaldo e Sérgio Batista seguiam o caminho da contracultura.


Em uma sociedade repleta de regras e proibições, fora criada por meio da rebeldia uma válvula de escape que culminou com a ideologia: “sexo, drogas e rock and roll”. O jeans rasgado agressivo, entrava em cena juntamente com a camiseta preta proveniente dos metaleiros cabeludos.
Através do rock, as gerações inseriram seu estilo de vida e sentimentos de amor e ódio na música, de maneira real.
Os jovens libertavam-se de qualquer amarra que a sociedade lhes impunha.
No começo dos anos 80, as bandas que deram início ao movimento Hard Rock foram AC/DC, Scorpions, Metallica, Kiss, Aerosmith e Van Halen.

Kurt Cobain (1967 – 1994) a frente da banda Nirvana, inaugurou nos anos 90 o Grunge, o último grande movimento do rock. A música independente é a quarta na linha: hardcore punk, heavy metal e rock alternativo.
Caracterizava o estilo calças rasgadas, camisa xadrez e All Stars.


Toda essa cultura dera inspiração aos estilistas que criam cada vez mais estilos modernos e jovens de vestir.
Algumas marcas e estilistas famosos são: Cavalera, Christian Dior, Chanel, e outras.
Retrocedem aos anos 60 e 70, para utilizar as cores neon inspiradas no “visu” hippie como verde, laranja, e roxo para compor peças, acessórios e até mesmo esmaltes inovadores e chiques.

















A palavra de ordem para esse novo século é a desordem, ou a desconstrução da imagem.
Aquele tempo em que as mulheres combinavam o sapato com a bolsa está ultrapassado; brega como dizem.
Hoje em dia tudo é válido, desde que haja harmonia entre as peças.
O recurso mais utilizado é  a descontração, sem medo de errar, o jogo de vestes para compor um look retrô.
As sapatilhas entram em cena com tudo, confortáveis e bonitas deixam o visual mais despojado.



















A peça curinga em um guardarroupa é a calça de couro preta, inspirada no estilo rock' n roll, substitui as calças jeans.
As camisas brancas, provenientes do mundo masculino, ganham um ar mais sofisticado para as mulheres com coletes de sobreposição.
O frisson da temporada são os cabelos coloridos, especialmente as variações do pink. São cobiçadas por muitas garotas que buscam liberdade e ousadia.









Novas tribos surgiram e movimentos que expressam o universo das baladas e casas noturnas.
São exemplos o underground e o clubber. Voltados à tendência das tatuagens e piercings.
A mídia é a grande responsável por transmitir cultura e tornar os jovens mais antenados à esse “Fashionismo”.
Na década de 60, a revista VOGUE voltou-se ao público jovem e à revolução sexual da época.
Em 1975, lançou a edição brasileira, com foco na moda, celebridades, diversão e atualidade.
Considerada a “Bíblia da moda”, desde 1988, faz a cabeça de muitas mulheres, e seus produtos são cultuados como objeto de desejo.


A Hora e a Vez do Cabelo Nascer

Os Mutantes

Composição: Arnolpho Lima Filho
Venha ver as minhas cores
Ah... tá na hora do cabelo nascer
Hateei o meu cabelo
Ah... foi ai só que
Fiquei sabendo das coisas
O meu cabelo é verde-amarelo
Violeta e transparente
A minha caspa é de purpurina
Minha barba azul-anil
Venha ver as minhas cores
Ah, tá na hora do cabelo nascer

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