quarta-feira, 16 de março de 2011

Lulilândia - Cultura sem censura

Lulina, nascida em Olinda trouxe para São Paulo em 2003 dois discos caseiros, uma infinidade de textos e adornos indígenas provenientes da Amazônia. Cantora e compositora, possui vários discos e um repertório musical extravagante, que certamente contribui de forma psicodélica para a cultura do Brasil.
Após pegar o violão de sua mãe, e aprender cifras através de revistas, criou a banda Lulina e os Pininhos, especializada em covers como Velvet Underground, Cat power e Neil Young.
Seu décimo CD, lançado em 2009, “Cristalina” é uma nova versão dos álbuns anteriores. Uma das canções “Meu príncipe” tornou-se um hino feminista, cantado por uma geração de garotas: “Não vem de cavalo branco, mas eu o amo mesmo assim/Prepara minha comida enquanto eu tô no botequim”.
Segundo ela, o disco é uma mistura de “coisas estranhas ou lúdicas”. O ritmo é pouco convencional, e as letras surrealistas.
No auge do mangue beat, Lulina deixou de lado o novo rock regionalista, e partiu para o som do Nirvana e Sepultura.
Em 2001 gravou treze canções sozinha em um CD batizado de “Acoustic France”, o segundo foi gravado em Recife (2002) “Cochilândia”, no próximo ano surgiu “Abduzida” retratando a maravilhosa terra de Tarsila do Amaral. Já em 2004, temos “Bolhas de pleura” e “Nublada em Surto” cujas letras transmitem épocas difíceis em sua vida, “Sangue de ET” em 2005 e “Translúcida” 2006. Em geral, suas músicas são um espelho de sua alma. Retratam a perda de sua avó, a separação com o namorado e as crises de asma que a afetavam duramente.
Buscou inspiração também, nas casas noturnas da Avenida Paulista – Astronete, Studio SP, e Milo Garage; circuito under-overground.
Recentemente Lulina, artista versátil, escreveu o “Livro das Lamúrias”, em que ela conta em ondas de inconsciência e desvario, cômicos lamentos de seu cotidiano. Das 61 lamúrias, seis partem do tema: sublimadas, didáticas, do papel, carnavalescas, masoquistas e hipocondríacas. A linguagem utilizada é direta, através de poucas palavras ela consegue expressar seus sentimentos. A obra se define de forma artística, já que para construir suas idéias, utiliza a forma, a distribuição do texto e o design, desenvolvido não pela Lulina cantora, mas pela publicitária Luciana Lins.  

Formação da Banda:
Baterista: Pedro Falcão
Guitarrista: Érico Édipo
Contrabaixista: Missionário José
Compositor: Léo Monstro
Compositora e cantora: Luciana Lins (Lulina)

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